Chinesa é sentenciada a 11 anos por fraude de 61 mil bitcoins no Reino Unido
Zhimin Qian, uma chinesa de 47 anos que estava foragida no Reino Unido, foi condenada a 11 anos e oito meses de prisão nesta terça-feira (11). Ela fugiu da China após aplicar um golpe entre 2014 e 2017, afetando cerca de 128 mil vítimas e causando um prejuízo colossal de 600 milhões de libras, o que equivale a R$ 4,2 bilhões.
A situação dela se complicou quando tentou comprar uma mansão avaliada em R$ 144 milhões usando um comparsa. Essa tentativa foi o que fez as autoridades britânicas reavivarem a busca. Zhimin já havia sido condenada por lavagem de dinheiro ano passado, e em setembro deste ano, declarou-se culpada por ter posse de criptomoedas obtidas de maneira ilegal e por lavagem de dinheiro.
Chinesa recebe sentença em caso envolvendo 61 mil bitcoins
O Ministério Público da Coroa do Reino Unido divulgou que o confisco de 60.000 bitcoins é o maior já registrado no país. O impacto do golpe de Qian foi imenso, e o dinheiro desviado foi parcialmente convertido para Bitcoin.
Dentro de sua nova vida no Reino Unido, Zhimin fez amizade com Jian Wen, uma mulher de 41 anos que já tinha problemas com a justiça. Elas tentaram realizar a compra de itens luxuosos, como imóveis com preços variando de 4,5 milhões a 23,5 milhões de libras. Porém, essas aquisições foram bloqueadas pela rígida política anti-lavagem de dinheiro da região. Nesse meio, Senghok Ling, outra cúmplice de 47 anos, também foi condenada, recebendo uma pena de 4 anos e 11 meses por transferir 2,5 milhões de libras.
Além das prisões, a operação culminou na apreensão de impressionantes 61 mil bitcoins, hoje avaliados em US$ 6,3 bilhões, além de ouro e dinheiro em espécie. O caso de Zhimin foi considerado um grande feito na investigação de crimes econômicos, segundo Neil Colville, chefe de uma unidade especializada do Ministério Público.
Dados recentes mostram que o Reino Unido atualmente possui 61.245 bitcoins em suas carteiras, e devido à origem criminosa desse valor, pode haver disputas sobre a propriedade das moedas, o que impede que se tornem um ativo oficial do governo.





